Como você avalia e se sente em relação a sua vida hoje? Essa resposta revela o seu grau de satisfação com a própria vida, que também é conhecido como bem-estar subjetivo. Uma pergunta simples que se desdobra em muitas décadas de pesquisa em Psicologia… Esse conceito basicamente diz respeito a como pensamos e sentimos a felicidade em nossas vidas. Quanta coisa pode influenciar isso, não é mesmo? Esse será nosso tema hoje.
Inicialmente a ideia da presença de emoções positivas e ausência de emoções negativas foi disseminada como sendo um fator de grande importância no que entendemos como felicidade. Entretanto, nos primórdios da Grécia antiga já existia essa discussão entre a vida prazerosa, sem emoções negativas, e uma vida voltada para virtudes e construção de significado.
Pensando dessa forma, uma felicidade que prioriza apenas o prazer, parece irreal e longe do que vivemos hoje. Sabemos que para alcançarmos o que sonhamos muitas vezes temos que abrir mão de conforto, momentos prazerosos e inclusive conviver com emoções negativas durante esse processo. Por vezes precisamos nos conectar a objetivos, metas, valores de vida e deixar o prazer de lado por um tempo para construirmos uma felicidade duradoura.
Muito se evoluiu nas últimas décadas em relação ao que é fato a felicidade e o que nos faz nos percebemos como felizes. O prazer não foi descartado, porque, afinal, é importante nos sentirmos bem no momento presente até para que possamos raciocinar melhor, construir resiliência e extrair o melhor das experiências humanas. Mas outros critérios foram incluídos, e atualmente o pesquisador Paul Wong tem ressaltado a importância de considerar aspectos culturais e existenciais que influenciam a percepção de cada sobre o que é ser feliz. Sendo assim, hoje apresento os 4 conceitos de felicidade de Paul Wong para que você busque equilibrar sua vida dentro desses 4 campos. Vamos lá?

- Felicidade Hedônica: o hedonismo é relacionado ao estilo de vida dos gregos antigos que priorizavam o prazer. Mas atualmente, e dentro da Psicologia, a felicidade hedônica diz respeito a altas taxas de emoções positivas, taxas baixas de emoções negativas e experiências sensoriais ligadas à felicidade.
- Felicidade Prudente: também pode ser conhecida como viver uma vida engajada, onde habilidades são desenvolvidas e utilizadas para resolução de problemas. Uma vida engajada se relaciona com fazermos atividades onde perdemos a noção do tempo e sairmos delas com a sensação de superação ou dever cumprido. Jogar basquete, videogame, cozinhar, ler, desenvolver um projeto, aprender algo novo, se exercitar… Isso irá variar de acordo com o que faz mais sentido para cada um.
- Felicidade Eudaimônica: se relaciona a construir uma vida com sentido, virtuosa, a construção de um legado, viver um propósito, sentir-se desabrochar diante da vida e sentir-se realizado. É sobre como viver uma vida onde você sente que faz a diferença.
- Felicidade Cairônica: esse conceito foi introduzido por Paul Wong. É se sentir abençoado, agraciado, conectado com a natureza, o universo ou Deus. Geralmente se relaciona com experiências transcendentais, como meditação, experiências espirituais. A gratidão é conceito que tem peso nesse tipo de felicidade.
Como está o balanceamento de cada tipo de felicidade em sua vida? Lembrando que para viver a Felicidade Cairônica não é necessário acreditar em Deus, mas se sentir conectado com algo maior do que a si mesmo. Quanto mais você conseguir equilibrar esses tipos de felicidade, mais enriquecedora será sua vida. Focar apenas em um ponto, além de não nos fazer florescer e encontrar a felicidade madura, nos impede de crescer e limita nossas experiências.
Espero que tenha gostado da leitura até aqui.
Em breve faremos desafios semanais no Instagram e no Telegram para te ajudar a viver esses 4 tipos de felicidade.
Com carinho,
Paula.