A autocompaixão consiste na habilidade de procurar aliviar a própria dor em momentos difíceis. Também pode ser compreendida como estar atento às próprias necessidades emocionais e buscar supri-las. Praticar a autocompaixão consiste em se tratar como você trata o seu melhor amigo e seus entes queridos.
Muitas vezes somos infinitamente mais duros com nós mesmos do que com quem amamos. Podemos desferir golpes maliciosos contra nós mesmos e dizer coisas que jamais diríamos aos outros. A autocompaixão envolve você ser protagonista no seu processo de desenvolvimento do amor-próprio.
Para alguns esse conceito pode soar um tanto abstrato ou ser confundido com ser passivo, autopiedoso, preguiçoso ou até mesmo egoísta, quando na verdade, praticar a autocompaixão é sobre se tornar um aliado interno em vez de um inimigo interno. O seu comportamento diante das dificuldades que enfrenta dependerá do contexto e do que você precisa no momento. Pensando nisso, esse texto irá definir seis formas de você praticar a autocompaixão. Vamos lá?
- Confortar: consiste em dar apoio às suas necessidades como faria com um amigo. Alguns exemplos de se confortar são fazer uma pausa, respirar fundo, se abraçar, ou se tocar de forma que você se sinta acolhido.
- Acalmar: envolve a sensação física de redução da agitação. Você pode falar com si mesmo de forma que busque diminuir os pensamentos trágicos, se fazer presente diante do próprio sofrimento, sem negá-lo.
- Validar: reconhecer o que você está sentindo é fundamental para aliviar o próprio sofrimento. Dê nome às emoções difíceis que está sentindo e não as julgue. Compreender que não há nada de errado em sentir essas emoções é extremamente importante para conseguir despertar a compaixão.
- Proteger: significa se sentir a salvo dos perigos, dizer não aos que estão nos machucando, mesmo que essa pessoa possa ser você mesmo. Estabelecer limites e se comprometer com a própria segurança emocional é ser compassivo consigo mesmo.
- Prover: dar aquilo que você está precisando. Envolve agir para atender às próprias necessidades. Se comprometer consigo mesmo é muito importante aqui, mesmo que você não se sinta merecedor, o compromisso deve ser com a atitude e não necessariamente com seus pensamentos.
- Motivar: motivar-se através da compaixão é diferente de se criticar e se diminuir para ter um desempenho bom. A motivação autocompassiva envolve gentileza, compreensão e apoio. Motivar-se através do amor e da autobondade e não do medo.
Como podemos ver, praticar a autocompaixão envolve desenvolver formas alternativas de pensar diante de situações desafiadoras e emocionalmente difíceis. Inicialmente esse processo pode ser difícil, e uma forma de iniciar essa mudança é pensar em como você agiria se o seu melhor amigo, filho, cônjuge ou familiar estivesse passando pela situação que você está. Dessa forma a compaixão fluirá com mais facilidade.
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Com carinho,
Paula.