Nas últimas décadas o mundo se desenvolveu muito mais do que nos últimos séculos. Os avanços tecnológicos proporcionar essas pequenas e grandes revoluções. Isso aliado também ao crescimento econômico fez com que a sensação de “perder tempo” se tornasse o nosso terror. Hoje conseguimos nos comunicar com pessoas do outro lado do mundo em segundos, ou até simultaneamente (a 5G está chegando para incrementar isso ainda mais). Sabemos facilmente do que acontece no mundo inteiro e temos acesso a informações que antes eram inimagináveis.
Focar no presente se torna difícil nesse cenário onde segundos podem mudar o curso de um dia ou até um mês. Todo esse contexto contribui a crença de que podemos fazer muitas coisas ao mesmo tempo e que a quantidade é melhor do que a qualidade. Na contramão, surge a exaustão, os estresse, a ansiedade e os imprevistos da vida que nos forçam a parar. As pesquisas têm mostrado que o nosso cérebro na realidade não é multitarefa e que ele funciona muito melhor quando buscamos processar uma coisa de cada vez.
Nas últimas semanas a atualização do WhatsApp que nos permite acelerar os áudios gerou o questionamento sobre esse modo de vida, que inclusive afeta nossa forma de se relacionar e de se cuidar. Desacelerar soa como ir na contramão do mundo, quando na verdade irá fazer você ganhar em qualidade de vida e saúde.
Pensando nisso, separei dicas para você começar a praticar a arte de desacelerar no seu dia a dia. Vamos lá? Escolha a que você acha que pode implantar com facilidade.
- Comece pequeno e desacelere gradualmente: Uma redução crescente e gradual do ritmo é melhor do que parar de repente. Comece com um pequeno decréscimo e desacelere gradualmente.
- Comece por áreas: Escolha uma ou duas áreas em que você geralmente é apressado e diminua o ritmo nessas áreas. Exemplos: fazer no mínimo três refeições lentamente em uma semana, andar lentamente pelo menos uma vez por semana ou ter uma noite sem mídias/tecnologia uma vez por semana.
- Envolva-se: Foque deliberadamente em experiências pacíficas, como acompanhar com os olhos as nuvens flutuando, assistir ao pôr do sol, sentir a brisa ou ouvir e desfrutar de sinos de vento. Você poderá descobrir que os ritmos da natureza são lentos, mas profundamente satisfatórios.
- Eduque: Converse com sua família e amigos acerca das consequências adversas da velocidade (por exemplo, acidentes, lesões, estresse e ansiedade).
- Zonas sem equipamentos: Crie horários ou zonas após às 18h , livres de equipamentos (por exemplo, sem celulares ou sem TV no quarto).
- Aprenda a dizer não: Aprenda a dizer não e evite excessos na agenda.
Escolha uma das opções e reflita sobre:
- Por que você escolheu essa opção?
- Que ações especificas você vai tomar?
- Com que frequência?
- De que tipo de apoio você acha que precisa para implantar essa estratégia?
- Se essa estratégia funcionar, o que seria diferente em três meses?
Vamos juntos?
Não esqueça de compartilhar sua experiência.
Com carinho,
Paula.