O perfeccionismo e o amor-próprio

Enquanto você buscar ser perfeito para se amar mais não conseguirá ter uma relação saudável consigo mesmo. O perfeccionismo consiste no estabelecimento de padrões elevados de exigência, podendo ser voltado para si mesmo, para os outros ou para aceitação social. O medo de errar, a comparação, o medo de dizer não e o autojulgamento são formas de tentar atingir o perfeccionismo.

O que se sabe sobre esses padrões de exigência é que por trás deles existem a necessidade de ser amado, aceito, validado socialmente, e que caso esses padrões não sejam atingidos, a rejeição, crítica, e vergonha tomarão conta de nós.

Quantas pessoas você conhece que tentam fazer tudo perfeito e vivem de forma saudável, equilibrada, leve, otimista? Os estudos mostram que o perfeccionismo está associado a baixa autoestima, ansiedade, depressão, procrastinação, distúrbios alimentares, transtornos obsessivos compulsivos, insônia, dentre outras coisas.

Qual seria então uma boa ferramento para lidar com o perfeccionismo? Aprender a ser tolerante com os próprios erros e limitações. Muitas vezes tentamos atingir a perfeição porque não conseguimos nos aceitar e ter consciência de quem somos. Preferimos negar nossas imperfeições e entrar no jogo da alta exigência, que consequentemente vem acompanhada de uma forte gama de sofrimento mental.

É importante frisar que quando me refiro a amor-próprio, falo sobre o desenvolvimento de uma relação mais amorosa com nós mesmos, onde praticamos a autobondade e a autocompaixão, compreendendo que acolher nossas dificuldades é melhor do que negá-las ou criticá-las severamente.

A partir desse raciocínio é possível compreender que para desenvolvermos essa relação com nós mesmos precisamos abrir mão do perfeccionismo, pois o amor-próprio só irá florescer quando conseguirmos ser flexíveis e acolhedores com nós mesmos.

A flexibilidade cognitiva está atrelada a resiliência, maturidade emocional, otimismo, bem-estar, felicidade, permitindo que tenhamos vivências emocionais significativas. Não é fácil ser flexível, mas é necessário para que você tenha bem-estar. Nessa caminhada, que é construída diariamente, abrir mão do perfeccionismo é um ato de amor (próprio e com o outro).

Nós próximos textos falaremos sobre como construir essa relação. Fique ligado.

Com carinho,

Paula 🙂

Share
Pin
Tweet
Posts relacionados

Materiais recomendados

Essas são sugestões de materiais relacionados ao tema.

Comentários

Qual a sua opinião?

2 Comments:
21 de abril de 2021

Parabéns pelo site. Os artigos de vocês tem me ajudado muito como profissional. Atendo aqui em Planaltina Goiás e gosto de ler sobre tudo da minha atividade.

26 de abril de 2021

Olá, Leiliane! Muito obrigada pelo seu feedback. Isso é muito importante para mim. E o que eu achei mais incrível é que eu nasci em Planaltina de Goiás e mesmo morando em Recife consegui chegar até você! Gratidão por acompanhar meu trabalho.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *