O 4 inimigos do amor-próprio

Na jornada de desenvolvermos uma relação mais amorosa com nós mesmos alguns hábitos que construímos ao longo da vida podem dificultar esse processo. Muitas vezes temos hábito que prejudicam de forma silenciosa o nosso amor-próprio. Estamos tão acostumados a viver em modo de alerta, se defendendo dos ataques dos outros ou até mesmos nos nossos próprios ataques, que a ideia de se amar mais pode soar piegas ou permissiva demais, quando na verdade o amor-próprio está ligado a aumento da resiliência, flexibilidade cognitiva, emoções positivas, manutenção de relações saudáveis.

Hoje vamos refletir um pouco sobre quatro dificuldades que certamente aparecem quando embarcamos na viagem de desenvolver uma relação mais amorosa com nós mesmos, são elas o autojulgamento, o medo de dizer não, a comparação e o medo de errar.

Autojulgamento

Muitas vezes o autojulgamento não possui um caráter positivo sobre nossas próprias condutas. Nos julgamos, não para refletirmos e melhorarmos, mas sim para nos culpar e nos punir pelos nossos erros. Isso pode nos levar a um processo de ruminação onde nossa energia é drenada e não é gerada uma mudança positiva. Se maltratar não é um caminho efetivo para sua saúde mental. Podemos ter aprendido que sermos rígidos com nós mesmos é um caminho para evitar o julgamento dos outros e a rejeição, mas na verdade isso só dificulta enormemente que você entre em contato consigo mesmo e viva de forma leve e amorosa. Quando nos julgamos demais cada crítica passa a ser um martírio, o que dificulta o nosso processo de crescimento pessoal, e passamos a ter uma conduta não autêntica, mas que se pauta em evitar o julgamento dos outros e o autojulgamento. Outro ponto interessante é que o autojulgamento não contribui para que você se torne resiliente e viva de uma forma confortável com quem você, ele só torna o seu dia a dia mais pesado e desencadeia emoções negativas em relação a si mesmo.

Medo de dizer não

Por dificuldade de incomodar, ser inconveniente, medo de ser rejeitado, por não termos consciência do nosso próprio valor, podemos muitas vezes priorizar o bem-estar dos outros em detrimento do nosso. Acreditamos que aos dizermos “não” e impor limites em nossos relacionamento as pessoas se afastarão de nós. O medo de dizer não contribui para que você se coloque em situações desagradáveis, que as pessoas se aproveitem de você, que você se sobrecarregue, contribuindo para o desenvolvimento de estresse e esgotamento emocional. Ser permissivo e acatar tudo é uma falsa ilusão de que seus relacionamentos serão estáveis. Na realidade isso fará com você acumule a demanda dos outros e e se sinta sufocado, podendo explodir ou encerrar relações que poderiam ser moldadas gradativamente se você tivesse sido sincero em suas necessidades e não tivesse acatado tudo do outro com medo de ser desagradável. Quando dizemos nossas necessidades e limites, além de sermos autênticos estamos sendo amorosos com nós mesmos, e quanto mais vivermos essa sensação, mais teremos também relações saudáveis com os outros.

Comparação

A comparação faz com que nos afastemos da nossa essência e tentemos nos enquadrar em padrões que muitas vezes não nos cabem. É como tentar calçar um sapato que não é seu, simplesmente porque você achou lindo no pé de outra pessoa. Se você precisa se comparar para se sentir bem, algo não está legal nessa cabecinha. Muitas vezes a comparação está associada a dificuldade em se aceitar, e à crença de que se formos iguais à fulano, ou se nos enquadrarmos em um padrão, seremos aceitos, teremos sucesso, e respeito, quando na verdade a sua vida só começa a andar e a fazer sentido quando você olha para si e se conecta com a sua história e com quem você é, apesar de todas sua dificuldades. Se aceitar, aceitar suas imperfeições e suas diferenças é primordial para que você se ame mais. A comparação é ligada diretamente a baixa autoestima e baixa autocompaixão, podendo estar relacionada também a sintomas ansiosos.

Medo de errar

Nossa sociedade ensina que o erro é algo condenável. Desde pequenos somos expostos a situações, geralmente escolares ou domésticas, onde quando erramos somos penalizados e desprestigiados. Tudo isso faz com que o medo de errar nos aterrorize. Esquecemos de olhar para nossa história e enxergar que os erros geraram mais aprendizados dos que os próprios acertos. O medo de errar pode está te impedindo de viver da forma que você acredita e de se arriscar adotando comportamentos que você considera mais coerentes com quem você é, quando na verdade o erro deve ser encarado como parte natural do processo de vida. Erramos, e erraremos, e está tudo bem com isso. Quanto antes você errar, antes terá tempo de aprender e ir adiante. Sem querer soltar frases de efeito, mas quantas coisas boas surgiram quando você cometeu um erro? Só erra quem está tentando. Não se esqueça disso. O que funciona para você talvez não funcione para outras pessoas, mas só conseguimos descobrir se nos permitirmos viver e arriscar em coisas diferentes.

Como cada item citado acima aparece em sua vida? O que alimentado a forma como você se sente?

Vamos juntos, e gradativamente destronando esses inimigos do amor-próprio da sua vida? 🙂

Com carinho,

Paula.

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