Definir objetivos de vida nos auxilia estabelecer uma rotina, metas e nos sentir conectados a um propósito. Porém a forma como você estabelece esses objetivos é crucial. Definir metas muito vagas como “ser feliz”, “conhecer pessoas novas”, “aprender a tocar um instrumento”, são legais mas muito generalistas e podem dificultar que você consiga de fato inserir esses objetivos na sua rotina.
Sonja Lyubomirsky, uma das pioneiras da Psicologia Positiva, elenca 6 benefícios que estabelecer objetivos pode trazer para o bem-estar. São eles:
- Senso de propósito e controle sobre a própria vida: esses dois fatores são extremamente relevantes para o bem-estar. Sentir que sua vida esta seguindo um fluxo e perceber como você influencia o acontecimento das coisas é um dos fatores que preserva sua saúde mental. Não possuir uma rotina em alguns momento é relaxante e nos ajuda a descansar, mas fazer disso um estilo de vida pode nos levar ao definhamento.
- Aumento da autoestima: quando você estabelece um objetivo e se vê capaz de alcançá-lo isso com certeza ajuda a aumentar sua autoconfiança e o senso de realização. Inclusive isso pode se tonar estimulante para que você continue a estabelecer objetivos para sua vida.
- Acrescentam estrutura e interesse: tendo em mente quais são seus objetivos, isso certamente irá modelar sua rotina, ao mesmo tempo que irá te desafiar a desenvolver novas habilidades e trazer a sensação de crescimento pessoal.
- Ajudam a aprender a organizar e priorizar o tempo: objetivos bem definidos requerem mais planejamento e que se quebrem em pequenos objetivos para seguir um passo a passo. Dessa forma, naturalmente organizamos melhor o nosso tempo e sabemos exatamente o que priorizar.
- Ajudam a nos manter firmes em tempos de mudanças e incertezas: objetivos nos ajudam a passar por adversidades e tolerar sofrimento. Inclusive pessoas que têm senso de propósito consegue se recuperar de doenças mais rápido.
- Aumentam a nossa conexão com os outros: compartilhar objetivos em comum ajuda a mantermos conexões mais profundas e ainda criarmos uma rede de apoio.
Outro fato importante sobre estabelecer objetivos que você precisa saber é que existem objetivos internos e externos. Os objetivos internos são aqueles que nós definimos por achá-los valorosos e satisfatórios. Eles nos conectam com nossos interesses, nos ajudam a crescer como pessoas ou ainda nos conectar com grupos/comunidades. Neles, as necessidades emocionais de autonomia, competência, domínio sobre o ambiente e conexão com os outros são atendidas.
Já os objetivos externos estão atrelados aos benefícios que trazem e também pelo ganho social que produzem. Alguns exemplos são riqueza, beleza e fama. Isso não quer dizer que ter objetivos financeiros é errados, mas que quando eles se aliam a objetivos internos a chance de aumento do nosso bem-estar é muito maior. Fatores circunstanciais como fama, conforto elevam nosso bem-estar momentaneamente. As pesquisas mostram que rapidamente nos adaptamos às novas circunstâncias e não se observa um efeito duradouro na elevação do bem-estar. O importante é focar em como esses ganhos irão te ajudar a viver uma vida valorosa e atingir seus objetivos internos.
A flexibilidade em relação aos objetivos é igualmente importante. Nem sempre as circunstâncias correm como gostaríamos. O momento de vida, nossas habilidades e recursos são importantes nessa definição. É natural que com o passar do tempo e com as fases da vida o foco se transforme mais em objetivos que estão atrelados ao nossos valores do que conquistas profissionais, construção de carreira. Saber valorizar cada fase é essencial.
Outra dica é ter em mente o porquê e o que fazer de cada objetivo. Quando você define o porquê, isso te ajuda a manter sua motivação e sentir que está caminhando em prol das metas que estabeleceu. Já quando você define o que precisa ser feito, um norte é estabelecido e diante da sua rotina e possível ansiedade, falta de ânimo fica mais fácil concretizar o que precisa ser feito.
Angela Duckworth, uma grande estudiosa sobre autodisciplina, garra e como desenvolver talentos e habilidades, relata que nem sempre nascemos com grandes talentos e uma vida desenhada para um propósito. Isso pode e é construído. E você pode não ter pensado nisso antes, mas o esforço e a disciplina que você coloca em uma atividade são os maiores preditores de sucesso. Duckworth elenca as perguntas abaixo para te ajudar nesse processo de descoberta:
- O que eu gosto de pensar?
- Onde minha mente gosta de divagar?
- O que realmente desperta meu interesse?
- O que mais importa para mim?
- Como eu gosto de passar meu tempo?
- O que eu acho insuportável?
Após responder a essas perguntas é importante partir para a experimentação. Caso nada surja em sua mente tente se lembrar de sonhos e interesses da sua infância e adolescência e refletir porque eles eram importantes. Tente formas diferentes de entrar em contato com as atividades e aprender com que já as domina. Procure aprofundar seu conhecimento, observando os nuances que mais despertam seu interesse e se conectar com pessoas que têm os mesmos interesses.
Aqui vão alguns exemplos de objetivos que podem ser definidos como objetivos de vida:
- Desenvolver a espiritualidade
- Contribuir para o bem-estar na comunidade
- Conhecer o mundo
- Proporcionar uma vida de qualidade a seus filhos
- Desenvolver alguma habilidade artística
- Usar suas habilidades ou trabalho para um fim específico
- Ajudar pessoas a se desenvolverem
- Trazer mais alegria para sua rotina
- Experimentar mais emoções positivas na sua vida
Tenha em mente que nada é definitivo e você pode sempre que achar necessário reformular seus objetivos. Seus objetivos não precisam ser grandiosos, mas sim fazer sentido para sua realidade.
Após ter definido seus objetivos, aprenda a como manter a constância de acordo com a teoria da esperança de Snyder, lendo o nosso texto “O Segredo da Constância”.
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Que esse texto aqueça seu coração e te ajude a ter uma vida com objetivos que te encham de vida.
Com carinho,
Paula.