A saúde emocional tem ganhado seu espaço no cotidiano das pessoas e nos meios de propagação de notícias. Cuidar de si e investir em seu desenvolvimento emocional tem deixado de ser luxo e se tornado um pilar essencial para uma vida com qualidade. Em meio a tudo isso você já deve ter ouvido falar em autoestima, amor-próprio, inteligência emocional, controle da ansiedade, dentre outras coisas. Todos esses temas são muito importantes para que você esteja com a sua saúde mental em dia, mas eles não se desenvolver de forma saudável se você não praticar o básico: a autoaceitação.
Se aceitar não é negar as próprias falhas, pelo contrário, e estar ciente de que se é, quais são suas forças e fraquezas e ter uma visão realista de si mesmo. Isso não é fácil, e o mundo muitas vezes pode transmitir de forma distorcida que a felicidade e a saúde mental estão atreladas a se sentir o máximo sempre, se achar melhor que os outros, e buscar o prazer de forma desregulada. Nesse cenário, olhar para si mesmo com um olhar verdadeiro é desafiador e pode causar desconforto inicialmente, mas sem esse olhar você não desenvolve recursos emocionais para viver a vida em sua integralidade.
Muitas vezes somos guiados para caminhos onde a comparação com os outros se torna uma bússola para entendermos quem somos. Isso é danoso em vários aspectos, pois estimula a competitividade, condicionando o seu bem-estar emocional ao sentimento de superioridade em relação aos outros (em uma área de sua vida ou em todas), e dificultando características unicamente suas. Também é importante compreender que a comparação contribui para que você tente se enquadrar em um padrão que muitas não te cabe. Ás vezes você pode se comparar a profissionais bem sucedidos que tiveram outras condições de carreira, ou possuem muito mais tempo que você de atuação profissional, e se sentir inferior por causa disso. Ou até desejar ter um corpo que não condiz com seu biotipo e metabolismo. Cuidado para não projetar suas idealizações de perfeição em alguém tão imperfeito como você.
Então, calma! Respira. Não pira e comece a se observar. Se isso for muito difícil para você peça feedbacks para seus amigos e familiares. Na terapia que realizo utilizo a técnica na carta de um amigo, e as forças de caráter por um amigo e familiar. Os resultados são muito interessantes. Saber o que os outros pensam de você e apreciam na sua existência pode te surpreender.
A autoaceitação é um processo. Você não conseguirá aceitar coisas sobre você que não aceitou em uma vida em um mês de terapia. Mas pesquisadores têm mostrado que a autoaceitação possui 5 estágios. E irei compartilhar em primeira mão aqui para que você comece essa prática o mais rápido possível.
- Aversão: nessa fase é comum que você evite pensar, conversar, refletir sobre a autoaceitação. Você finge que tá tudo bem, mas sabe que lá no fundo existe uma angústia grande, que talvez não tenha nome. Você pode evitar ficar sozinho, pois isso te deixa triste. Ou ter pensamentos repetitivos que te fazem mal.
- Curiosidade: surge quando você abre mão do desconforto oriundo da aversão e passa a pensar: como posso resolver isso? É comum nessa fase conversar sobre o assunto, ler, e até procurar ajuda. A postura deixa de ser passiva e se torna ativa e construtiva.
- Tolerância: você começa a entender que para alcançar a autoaceitação é necessário entrar em contato com a dor. Essa dor pode estar relacionada a aspectos que você precisa trabalhar para praticar a autoaceitação. Entrar em contato com suas dores e partes que você deseja esconder é importante nesse momento. Saber tolerar a dor com paciência e segurança é essencial.
- Permitir-se: a resistência impede que as emoções emerjam de forma saudável. Nesse estágio, após desenvolver a tolerância, se permitir sentir desenvolverá suas habilidades de autoconsciência, resiliência e atenção plena. Saber o que há de belo e sombrio em você é sobre o que versa a autoaceitação.
- Acolher: reorientação do olhar para o acolhimento. Esse é o estagio final e que requer pensar em como você iria acolher se fosse um grande amigo ou ente querido, na sua frente, cheio de qualidades e defeitos. Qual tom de voz você com você mesmo quando falha? Você se enxerga em uma postura capaz de se abraçar por inteiro, integrando suas totalidades? É sobre isso que é a autoaceitação, um olhar equilibrado, caloroso e amigo para si mesmo.
Um olhar sincero e caloroso sobre si mesmo possibilita o desenvolvimento dos recursos emocionais que você precisa para florescer, desenvolver sua autoestima, respeito próprio, amor-próprio e autoconfiança. Não ter medo do que faz parte da sua essência e acolher todas partes que fazem parte de ser você é o passo inicial para construir uma vida significativa.
Quer ajuda? Conte comigo.
Com carinho,
Paula 🙂
Quero saber como. Funciona
Olá, Levy. Como vai? Você tem interesse na terapia on-line? As sessões acontecem semanalmente com duração entre 50 e 60 minutos. No meu trabalho busco inicialmente verificar o que funciona e o que de bom você já possui, Fortalecemos isso e em seguida te ajudo a chegar no seu objetivo. Sobre valor é vedada a divulgação pública. Para mais informações envie mensagem no (81) 9.9976.4026. Será um prazer conversar melhor com você.
Um abraço e até lá?